carta aberta ao engenheiro Sócrates





meu caro: quem escreve esta missiva é um professor amante de Pessoa, Palma e Zeca. vive num país que nunca respeitou os seus melhores: o povo, os intelectuais, os artistas, os professores, etc....

tenho vergonha de o ter como primeiro ministro de Portugal; tenho vergonha da equipa que desgoverna o Ministério da Educação; é um misto de vergonha e desprezo o sentimento que nutro por si, pela Maria e pelo Valter!

sou professor há quase 20 anos; ensino e educo pessoas que são crianças, ainda. falo-lhes de sentimentos como respeito, solidariedade, seriedade, altruísmo. depois, falo-lhes das pessoas que não nos respeitam...

as crianças têm um sentido de justiça profundo; um dia, já adultos, recordar-se-ão de mim - como eu recordo os meus professores de há 35 anos...

de si, penso, terão uma vaga ideia de um político mentiroso, infame, representante de uma classe de dirigentes sem qualquer ética...



carlos cravo, castelo branco