(aborto, 4)
poema a uma coisa humana
das entranhas renasces no dia luminoso
a cloaca horripilante impele-te para a sarjeta dos dias
e um deus maior salvar-te-á
e um qualquer deus descerá do azul
invadirá os seios o ventre e amará o menino de sua mãe
e a coisa humana amará o sol comerá as laranjas de eugénio
sorverá a areia de sophia o sal de al berto
a coisa humana será gente
da nossa gente
a coisa humana és tu e
eu
2.2.07
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