16.8.06

o amor - ou a intermitência da vida - em 6.11.05






Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser-

se a luz é tanta,
como se pode morrer?

(Eugénio de Andrade)






o que é o amor? fulgurâncias dos corpos? ou o corpo do texto - no dizer poético de Barthes? é o cantar lírico e trágico de Camões? ou será a solidão nocturna, eterna e angustiante, de Pessoa? é o politicamente correcto, profundamente amorfo e rotineiro, dos dias que correm? ou será um olhar lindo de morrer, inesquecível, numa tarde de Novembro em qualquer rotunda da vida...? sejamos sinceros: o amor é o sentimento mais nobre que o Homem possui... é, igualmente, fonte de muito prazer e, por vezes, bastas vezes, de um sofrimento atroz... eu amo uma mulher linda, tremendamente linda... gostaria de a ter comigo, sempre... mas, e Eugénio sabia disto, os amantes, por norma, são seres possuidores de uma imensa luz...

(para a Paula - companheira de dias luminosos...)

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